quarta-feira, 29 de julho de 2009

Óinc, óinc...


Sim. Estamos diante de uma pandemia do vírus H1N1, causador da famigerada Gripe Suína. Porém, pouca gente sabe as reais diferenças entre a gripe causada pelo H1N1 e a gripe comum. Não estou escrevendo aqui um artigo científico e muito menos dizendo que não devemos nos proteger e evitar que o H1N1 se espalhe, mas por favor, tenhamos bom senso.

Posso dizer aqui sem medo que as pessoas estão exagerando, e muito, na “batalha” contra o H1N1. Em primeiro lugar, quando quiserem se informar sobre como se precaver do contágio, indentificar os casos e as características do vírus procurem fontes confiáveis. O site do Ministério da Saúde apresenta textos de fácil compreensão sobre o tema. Inclusive esse "Gravidade dos casos da gripe A (H1N1) e da comum é semelhante", que mostra porque que não precisamos deixar de cumprimentar as pessoas e olhar feio para o pobre coitado que tossiu no ônibus como se ele tivesse culpa de estar indo trabalhar, suspender volta às aulas e todas as ações radicais tomadas para evitar todo e qualquer contato humano.

Nós devemos sim lavar as mãos com frequencia, colocar um lenço (ou a mão e depois lavá-la) na frente da boca e nariz ao tossir ou espirrar, não deixar nossos filhos irem à escola quando estão com gripe (suína ou não!), tomarmos a vacina da gripe comum quando temos mais de 60 anos. Isso tudo por uma simples questão de higiene e prevenção de qualquer tipo de doença que apresenta contaminação por secreção de mucosas (boca e nariz por exemplo).

Então aqui está meu apelo para que possamos nos unir no combate à essa ou qualquer outra doença, inclusive o preconceito e a ignorância.



Afinal, com gripe suína ou não, o mundo continua cheio de outras doenças. E as pessoas parecem não ligar muito pra elas.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Porque ser mulher é lindo...


Ser mulher.

Toda a beleza, a delicadeza, a força femininas. A costela aperfeiçoada de Adão. Não é realmente uma maravilha ter nascido sem o famigerado cromossomo Y?

NÃO!

Temos que nos assustar na adolescência com a primeira menstruação e continuar aguentando sangrar uma vez por mês por muitos e muitos anos. Temos as cólicas, os sutiãs, as preocupações com roupas, cabelo e peso muito mais exageradas que os homens, parimos, amamentamos, e, minha preferida: temos a depilação!

Aquele momento especial, íntimo, entre você e... Uma mulher gordinha e com bigode. Nunca entendi como uma depiladora tem bigode. Mas elas tem.


Até esse momento, tudo bem. Que mal tem alguém ter bigode e ser feliz com isso (desde que não seja você ou... Hitler). E então o ritual começa. Primeiro, você tira sua calça. Até aí vai... Você pensa "ela também é mulher, e eu vou ficar de calcinha...". Você deita naquela maca, e quando você menos espera se vê numa posição que só pode lembrar uma rã morta. Sim, é quase uma sessão de alongamento.

Okay, você já está um pouco desconfortável com a posição, mas quando já está quase se acostumando com isso a depiladora pede licença (se ela for no mínimo educada) e coloca algo como uma "piranha", daquelas que os cabelereiros usam pra segurar partes do cabelo durante o corte ou a escova, só que a "piranha" agora está segurando a sua calcinha de forma a transformá-la em algo como um "fio dental frontal".


E vem a pergunta "Cavada ou completa?". Pensar em depilação completa nessa situação tão frágil em que você se encontra é um pouco assustador, então você responde "Cavada." E vem a cera... Naquele palito de sorvete vem a meleca quentinha e geralmente até cheirosinha (por favor mulherada, sejam higienicas pra escolher o local da depilação okay?).



Os tipos de cera variam tanto quanto a bizzarice das depilações. Há a fria (e eu sou sincera quando digo que admiro as mulheres com coragem o suficiente para utilizar esse tipo na virilha!), a de abelhas, a de alga, a egípcia, a marroquina... And so it goes. Quanto aos tipos de depilação, é quase uma forma de arte. Além das tradicionais cavada e completa citadas acima, há todo tipo de variação, desde o velho "triâgulo invertido" até o "bigodinho", passando por todas as esquisitices como corações, letras, e até coloração dos pêlos. Mas... cada um com a sua boceta.

Continuando com o ritual... Chega aquela mulher simpática de bigode com a cera quente no palitinho de sorvete e passa na sua virilha. E você pensa "Nem é tão ruim...". A cera é quentinha, quase reconfortante. A depiladora coloca uma papelzinho encima da cera, passa a mão pra que o papel grude... E... Com um único movimento contrário à direção de crescimento dos pelinhos que você começou a ver por lá com os seu dez aninhos de idade... Ela arranca toda sua respiração e tudo que você tem vontade de fazer é matar a desgraçada da depiladora, maldita, como ela pôde fazer isso com você? Ela te odeia? Você não foi simpática? Ela está na TPM? Todos os palavrões que você conhece passam pela sua cabeça e quando você começa a recobrar a sanidade, percebe que agora não dá mais pra desistir. Não dá pra ficar com meia virilha depilada.



E vem o outro lado... E a parte de cima (quando você pensa que seu útero foi arrancado junto). E, simples assim, a parte com a cera acabou. Mas o ritual ainda não. A moça que já não parece tão simpática com aquele bigode horrível (desgraçada, te odeio!), pega uma pinça e fala que vai só arrancar uns pelinhos que não sairam com a cera. (E você tem certeza que na verdade ela quer é continuar te machucando). A cada pelinho que ela arranca você quer mais e mais morrer pra reencarnar com um pinto pra fazer xixi em pé e achar engraçado soltar pum na cara dos amigos.

Depois de toda essa tortura ela fala se você quer que dê uma "aparadinha" (sabe, que nem grama?). Depois de tanta dor e sofrimento você pensa que aguenta qualquer coisa e fala que tudo bem. Aí vem o ápice da exposição. Ela afasta o seu "fio dental frontal" pro lado e utiliza uma maquininha, como aquelas para aparar barba mesmo, ou uma tesoura (as depiladoras mais old school). E você pensa que só seu namorado te conhece melhor que aquela mulher.

E enfim, a sua virilha foi depilada. Com uma carinha de fofa a depiladora pergunta se você quer fazer atrás (sim, o cú!) e você já está tão fragilizada que nem consegue responder. Só coloca de volta suas roupas e vai pra casa correndo, com a calcinha grudando nas laterias por causa de restinhos da cera e ao chegar em casa pra tomar banho vê sua pele toda vermelha e jura que nunca mais vai voltar lá!

Até pelo menos dali uns quinze dias ou quando tiver suspeitas de alguém mais interessante que uma mulher bigoduda irá tirar suas calças.

Porque essa é a beleza da depilação... Os pêlos crescem de novo para que você possa passar por toda essa diversão muitas e muitas vezes na vida.



Não é lindo ser mulher?